sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Maldade humana


A maldade humana é desafiadora. Desafia qualquer príncipio, desafia a calma, a paciência. Anula todo sentimento puro que possa existir dentro de algo, torna seres humanos em verdadeiros monstros, pois nem a animais devem ser considerados.
Não faço a menor idéia de quem fez isso ao pobre do Obina, tão docil e manso. Mas certamente foi uma pessoa infeliz, estúpida, sem coração. Uma maldade sem sentido, sem explicação.
O bichinho chegou pingando tinta, com a língua azul e completamente desnorteado, tamanha era a maldade que fizeram com ele.
A única certeza que tenho é que nada do que fizermos aqui ficará impune, mais cedo ou mais tarde a coisa voltará para a gente de modo mais doloroso, mais horrendo. Enquanto isso o Obina vai tirando onda com sua nova pigmentação, estilo Margen Simpson.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Memory



Tenho me questionado até que ponto as memórias são algo positivo em nossa vidas. Talvez não haja classificação exata para elas, boas, ruins, recentes, antigas, saudáveis... são apenas memórias. Não há como apagá-las, anular o que não nos convém mais e seguir a vida. Infelizmente (ou felizmente) temos de conviver com elas enquanto nossa memória nos permite. Pode ser que elas se percam no tempo, pode ser que virem fantasmas eternos em nossas mentes ou podem ser apenas memórias, que vez ou outra veem à tona para nos lembrar de algo que já passou e que não nos pertence mais.
A parte ruim da memória é quando percebemos que sentimos falta do que passou, que jamais será como antes, que não há mais jeito, mais volta, mais conserto. Quando achamos memórias físicas, fotagrafias, vídeos, cartas, bilhetes, roupas, cheiro... A parte física é sem dúvida a mais dolorosa. É uma prova concreta de que vivemos algo em determinada circustância e que por mais que tentemos nos livrar do que passou...é quase impossível. Mas enfim, nada que uma caixa (que contenha 7 cadeados com segredo) não resolva ou, para os desapegados (ou sensatos): uma grande lata de lixo.
A parte boa é a lição. No fundo temos o receio de sucumbir na mesma tentação, no mesmo erro e ficamos mais atentos, mais dispostos a mudar, a agir de modo diferente.
E quando é a memória de outrem nos portamos de forma insegura. Questionamos, pensamos, sentimos e nos tornamos como crianças curiosas que tudo querem saber o por quê, o quando, o onde, o quem. E sabe, isso não é insegurança... é apenas auto-afirmação. Queremos saber se o outro era tanto quanto a gente, se a compatibilidade era a mesma, se a química era exacerbada, se o amor era verdadeiro, se eram um. Talvez seja hipocrisia afirmar que não há insegurança, deve haver. A insegurança é uma pimenta forte que nos dá gosto para nos lembrarmos de algo que não almejamos, de algo que não queremos ser, de algo que não queremos fazer.
Mas a única coisa verdadeira que eu sei sobre as memórias é que são apenas memórias. Representam perigo se permitirmos que sejam perigo... De mais, não significam nada além de algo que passou e que não nos interessa mais. O segredo é não permitir que sejamos dominados por coisas da mente. E o que passou...passou.