sábado, 24 de janeiro de 2009

Memory



Tenho me questionado até que ponto as memórias são algo positivo em nossa vidas. Talvez não haja classificação exata para elas, boas, ruins, recentes, antigas, saudáveis... são apenas memórias. Não há como apagá-las, anular o que não nos convém mais e seguir a vida. Infelizmente (ou felizmente) temos de conviver com elas enquanto nossa memória nos permite. Pode ser que elas se percam no tempo, pode ser que virem fantasmas eternos em nossas mentes ou podem ser apenas memórias, que vez ou outra veem à tona para nos lembrar de algo que já passou e que não nos pertence mais.
A parte ruim da memória é quando percebemos que sentimos falta do que passou, que jamais será como antes, que não há mais jeito, mais volta, mais conserto. Quando achamos memórias físicas, fotagrafias, vídeos, cartas, bilhetes, roupas, cheiro... A parte física é sem dúvida a mais dolorosa. É uma prova concreta de que vivemos algo em determinada circustância e que por mais que tentemos nos livrar do que passou...é quase impossível. Mas enfim, nada que uma caixa (que contenha 7 cadeados com segredo) não resolva ou, para os desapegados (ou sensatos): uma grande lata de lixo.
A parte boa é a lição. No fundo temos o receio de sucumbir na mesma tentação, no mesmo erro e ficamos mais atentos, mais dispostos a mudar, a agir de modo diferente.
E quando é a memória de outrem nos portamos de forma insegura. Questionamos, pensamos, sentimos e nos tornamos como crianças curiosas que tudo querem saber o por quê, o quando, o onde, o quem. E sabe, isso não é insegurança... é apenas auto-afirmação. Queremos saber se o outro era tanto quanto a gente, se a compatibilidade era a mesma, se a química era exacerbada, se o amor era verdadeiro, se eram um. Talvez seja hipocrisia afirmar que não há insegurança, deve haver. A insegurança é uma pimenta forte que nos dá gosto para nos lembrarmos de algo que não almejamos, de algo que não queremos ser, de algo que não queremos fazer.
Mas a única coisa verdadeira que eu sei sobre as memórias é que são apenas memórias. Representam perigo se permitirmos que sejam perigo... De mais, não significam nada além de algo que passou e que não nos interessa mais. O segredo é não permitir que sejamos dominados por coisas da mente. E o que passou...passou.

4 comentários:

fatimapombophotos disse...

muito bom o texto deste blog.
dificil eh fazer a mente ficar tranquila....

DIARIOS IONAH disse...

bem, sua inclinação para
as letras eh evidente...
to com saudades dos seus comentarios.
salud

olhodopombo disse...

no meu blo artepostal tem
uma surpresa para voce,
passa la para confirmar..
bjs

olhodopombo disse...

blog artepostal