domingo, 28 de dezembro de 2008

Viva a sociedade criativa...


Ultimamente venho observando o ser humano e suas atitudes nem tão humanas quanto. A sensação de observar pessoas vai do hilário ao deprimente, sobretudo a incapacidade de ser apenas um espectador de diversos shows de horror...
Há quem faça de um grão de feijão uma melancia
De um chuvisco uma tempestade com direito a trovões e falta de energia
De um sorriso uma cara feia
De um solitário um miserável
Da perda de uma amizade a descrença e a banalização de sentimentos verdadeiros
Da verdade uma puta duma mentira exagerada
Da falta de controle a uma agressão física
De um direito uma obrigação
O desejo torna-se obcessão
Faz-se da pitada de loucura que todos nós temos um verdadeiro caso de internação em pinel
Há quem ache mais fácil inverter o tabuleiro do jogo do que parar de jogar com dignidade
Há quem transforme uma tela branca em um Van Gogh
E do silêncio faz-se um Tchaykovski
E das palavras ao acaso um Saramago
Da falta de pontuação vem a interpretação errada
Da surdo o que lhe convém ouvir
E de todos os outros o que apenas lhe convém ser, falar, fingir, sustentar, ignorar...
E com todas as observações a única certeza que tenho, hoje em dia, que é mais fácil bancar algo que não é do que não ser nada, simplesmente nada. Entre uma página em branco por que não uma ficção mirabolante? E eu digo: não invente. Se construa, tijolo por tijolo (...num desenho sólido).

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Manual do cliente


As leis do cliente

1 - Ignorar: Fato que todos os consumidores reclamam do atendimento, que são tratados com grosseria e estupidez... E voilà: "Chama o gerente agora!". Mas eles se esquecem que a ignorância gera a ignorância e que se alguém o atendeu de modo relapso foi porque ele ignorou a existência de quem estava atrás do balcão. Ainda penso que ao invés de crachá deveríamos usar um letreiro contendo a seguinte informação: "Contém um ser humano".

2 - Gritar: Qual o prazer o cliente sente em falar tão alto ao ponto de toda fila ouvir? A palavra que eles mais gritam é: JUROS. E mesmo quando os atendentes dizem pacificamente: "Não, senhor (a), não tem juros nessa parcela..." a resposta sensata é: "Ah, sim, ok."; mas o que eles ouvem mesmo é: "AH TÁ, CINCO VEZES SEM JUROS, ISSO MESMO, CINCO VEZES SEM JUROS QUE EU QUERO." E pra quê? Daí vem aquele ser humano que nem sabe o que é juros e fala: "Eu não quero juros" só porque ouviu o outro gritar que não queria juros...e se juros fosse um chocolate com avelã? Eu hein.

3 - Sacanear: Quando o atendente, depois de uma maratona de tirar qualquer cristão do sério, finaliza a compra do bendito cliente...eis que ele se lembra que todos aqueles 32 iténs guardados e dobrados na sacola são para presente. E é melhor nem desafiar perguntando quantas embalagens são...porque ele desafia do outro lado do balcão tirando tudo de dentro da sacola, desdobrando tudo, contando peça por peça minuciosamente e diz: "Errr...para todos." e lá fica você com cara de tacho.

Os tipos:

Casal 20 --> é aquele tipo que quase faz sexo na fila enquanto aguarda atendimento, ficam numa pegação de dar nojo nos mais calorosos e quando chegam na hora do atendimento opinam sobre a forma de parcelamento na compra do outro, conferem a lingerie para ver se não tem fio puxado, lembram do óleo de massagem que esqueceram de pegar, brigam para dividir a despesa...e no fim as mulheres puxam o cartão.

Friends 4ever --> em geral patricinhas que consomem juntas, compram quase as mesmas peças e querem passar no mesmo caixa. Pagam com o cartão de dependente que o pai deu e disputam, subentendidamente, quem tem o limitezinho mais alto. Falam pelo nariz, só existe "amiga" no vocabulário delas e possuem nomes monossilabos: Nat, Fê, Tah, Gi, Liv e caralho a quatro. Querem parcelar em 3x sem juros (porque "dad" aconselhou, afinal, quem paga é ele mesmo...) e ficam repetindo o parcelamento até o atendente se cansar e dizer: "Se você me desse o cartão para passar eu até poderia parcelar em 3x sem juros, mas você não consegue calar a boca um minuto, nesses 5 minutos que você está aqui eu já sei onde você faz o cabelo, a unha e a depilação, qual o nome do seu namorado, em qual festa você estava ontem e o quanto a fulaninha estava gorda e oferecida na formatura!" Depois dessa...vou ali vomitar.

Prioridade --> Gestantes, idosos acima de 65 anos, PNE's e pessoas com crianças de colo, que fique claro.
Mas em geral são: loiras saudáveis que não têm filhos e usam contraceptivo, homens que se fazem de desentendido, nordestinos, pessoas com cirgurgia em aberto, mães que resolvem pegar seus filhos de 9 anos no colo, gordas que não podem engravidar e estufam a barriga. Enfim, a fila fica tão grande que a prioridade de verdade resolve passar no caixa normal.

Gangue --> Mãe frígida, pai peludo, nerdzinho viciado em vídeo game, patricinha querendo casar, genro pastelão, nora aproveitadora. Vão todos juntos. Falam todos juntos. Opinam todos juntos. Você não sabe se parcela em 3, 5 ou 8. Se pega 2 ou 4 embalagens de presente. Se coloca a sandália junto com a meia ou a sandália junto com a bermuda ou se dá uma sacola extra e eles separam na praça de alimentação. Nossa, um auê, preciso de um dorflex.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Ok, meu bem.


O que um sentimento não faz conosco, hã? Primeiro nos tornamos patetas, não possuimos mais pudor algum. Depois engolimos a seco nosso orgulho, nos rebaixamos, corremos atrás, nos metemos em situações que jamais imaginávamos e nos obstinamos apenas em manter aquilo. O mundo desaba...mas se temos aquela pessoa ali, ao nosso lado, estará tudo ok. Há quem se perca tentando manter um alguém, deixa tudo tão de lado que até a personalidade se perde nesse abrir mão, com sorte esse não é o meu caso. Confesso que a cada dia que passa fico mais admirada com a minha devoção ao meu relacionamento. Mas é uma sensação boa essa de gostar verdadeiramente de alguém. Deliciosa sensação de perceber que somos capazes de renunciar certas coisas, certas pessoas, riscar o desnecessário; a principio bate uma nostalgia, uma sensação de estranha incapacidade, mas depois, ao notarmos bem, percebemos que aquilo realmente não valia a pena e muitas das vezes renunciar é melhor que levar o orgulho a cabo.
Sei exatamente o que faço, falo, penso e insinuo. Não digo que tudo é premeditado, pois eu parecia um robô, uma vaca fria e calculista (céus, longe de mim). Mas percebo o quão importante uma relação sólida pode influenciar positivamente nossa personalidade. Dividir é um dom divino, abrir mão nos torna quase santos, sobretudo quando a pessoa em pauta é um ser totalmente individualista. Acho que agora eu vou pro céu... (ok, isso foi ironia).
Mas eu digo com todas as letras (e agora vou ativar o caps lock para tornar a fala mais verossímil): HÁ ALGO DENTRO DE MIM TÃO GRANDIOSO QUE EU NÃO CONSIGO EXPLICAR, NÃO CONSIGO ENTENDER (e nem quero), SEQUER CONSIGO EXPRIMIR NUM TEXTO CORRIQUEIRO DESSE BLOG DE ARAQUE. MAS QUERO DEIXAR REGISTRADO AQUI, CASO FUTURAMENTE NÃO DÊ EM NADA E ALGUÉM CUSPA NA MINHA CARA (como sempre fizeram) O QUÃO FRIA E INDIVIDUALISTA EU SOU...QUE SAIBAM QUE HOJE, DIA CATORZE DE DEZEMBRO DE DOIS MIL E OITO, NUM DOMINGO CHUVOSO: EU ABRI MÃO DO MEU ORGULHO. EU FUI PASSIVA. EU NÃO RECLAMEI. EU RENUNCIEI. E QUE FIQUE MAIS CLARO AINDA: FIZ TUDO ISSO CONSCIENTEMENTE, ACEITEI POR ESTAR ENVOLTA EM UM SENTIMENTO QUE É MAIOR QUE MEU ORGULHO.
Se é amor eu não sei, francamente. A única coisa que sei que esse texto é sobre mim, Mariana Chauvin, sem codinomes dessa vez. Nada mais a declarar.

domingo, 7 de dezembro de 2008

A bruxa


Era uma vez uma tola apaixonada que não soube ouvir um "não" como resposta e resolveu infernizar a vida alheia. Totalmente insana ia no trabalho do seu ex totalmente tresloucada fazer coisas que são tão horrendas que não devem ser publicadas nem em um foletim de Halloween.
Sua estranha auto-suficiencia é tão contraditória que ela se diz envolta na luz quando na realidade vive nas trevas... Chama os outros de doente e sugere internação quando na verdade, quem precisa disso tudo é ela... Mas a cegueira latente não permite que ela enxergue algo além do seu aterrador passado e da sua ânsia de perturbar a felicidade dos outros.
Inventa namoros que não existem apenas para provar por A+B que ela é capaz de seguir em frente, mas se esquece completamente de quem realmente é capaz de seguir em frente não fica dando mostras por aí. Contradição em pessoa.
Esbraveja, xinga, chora, agride fisicamente e acha que sairá impune de toda sua insandice. Mantem fotos que em sua página na internet com legendas totalmente difamatórias e incoerentes, apenas para mostrar o quanto ela é normal, equilíbrada e que seguiu em frente com sua vida. Sem apegos, jamais.
Mensagens estúpidas, idéias bizarras, recursos malignos, telefonemas na madrugada, perseguição... Absolutamente normal.
Uma mulher de Deus, da luz, feliz, que vive e aprende...sem mentiras, sem hipocrisia... Apenas uma personagem de uma mente doentia.
Um verdadeiro show de horror.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Diálogos & Divagações


(21:14) Adri: oi mari

(21:14) Adri: vc tá bem?

(21:14) Mariana - Oh, céus: oi, Dri

(21:14) Mariana - Oh, céus: melhorando

(21:14) Mariana - Oh, céus: e você?

(21:15) Adri: to bem

(21:15) Adri: um pouco triste

(21:15) Adri: mas passa

(21:15) Mariana - Oh, céus: é, eu também

(21:15) Adri: qto tempo

(21:15) Mariana - Oh, céus: o que houve com você?

(21:15) Mariana - Oh, céus: é mesmo, tempos

(21:15) Adri: sabe qdo vc acorda e se sente sozinha?

(21:15) Mariana - Oh, céus: sei, sinto isso todos os dias

(21:16) Adri: é complicado

(21:16) Adri: mas logo passa

(21:16) Adri: tudo passa, ne

(21:16) Adri: ahsuahsa

(21:17) Adri: eu fico caindo

(21:17) Mariana - Oh, céus: hahaha

(21:18) Adri: acho q o negócio é aprender a ser suficiente

(21:18) Mariana - Oh, céus: eu não sei de mais nada

(21:18) Mariana - Oh, céus: nem quero ficar pensando em nada

(21:19) Adri: verdade

(21:20) Mariana - Oh, céus: o bom é que tem me rendido bons textos pro blog

(21:20) Mariana - Oh, céus: hanf

(21:21) Adri: pessoas tristes escrevem coisas bonitas, ne

(21:23) Mariana - Oh, céus: pessoas tristes escrevem coisas tristes

(21:23) Mariana - Oh, céus: que parecem bonitas...aos que são felizes

(21:24) Adri: haushaa

(21:24) Adri: ironia bonita

(21:26) Mariana - Oh, céus: hehehe

(21:30) Adri: mas a gente nunca deixa de ser sozinha

(21:32) Mariana - Oh, céus: nem quando estamos acompanhadas...

(21:33) Adri: acho q sim

(21:33) Adri: é vc e Deus

(21:33) Adri: ahauaha

(21:34) Mariana - Oh, céus: eu?

(21:35) Adri: é

(21:35) Adri: ashahsuasha

(21:35) Adri: vc e esse seu coelho

(21:35) Adri: ahsauhsa

(21:36) Mariana - Oh, céus: se eu fosse Deus...eu teria fulminado muitas pessoas

(21:36) Mariana - Oh, céus: a Xuxa seria preta, a começar

(21:36) Adri: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

(21:36) Adri: a xuxa ser preta

(21:36) Adri: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

(21:37) Adri: e a eliane muda

(21:37) Mariana - Oh, céus: hauahauahuahauahaua

(21:37) Mariana - Oh, céus: as mulheres teriam um cérebro no lugar do coração

(21:39) Adri: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

(21:39) Adri: ia ser massa

(21:39) Mariana - Oh, céus: aham...

(21:40) Adri: faz o meu pensar mari

(21:40) Adri: ser frio e calculista, tá

(21:40) Mariana - Oh, céus: ah!

(21:41) Mariana - Oh, céus: não existiria pêlo pubiano

(21:41) Adri: ser esperto