domingo, 28 de junho de 2009

Adeus


Quando alguém como o Michael Jackson morre do nada, da noite pro dia, percebemos o quão vulneráveis estamos à morte. O choque é grande porque fantasiamos no subconsciente de que pessoas como ele, ou pessoas que amamos muito, são imortais. A pessoa é tão bem quista ou tão amada por nós que achamos que a popularidade ou o amor que devotamos à alguém o torna invicto à morte, mas não é assim.

A perda de alguém significa mais do que a falta da presença. Significa uma voz silenciada, idéias apagadas, sonhos não realizados, sorrisos enterrados. O quão terrível é jamais ouvir a voz de alguém que tanto estimamos, ouvir suas idéias, seus sonhos, suas gargalhadas... Tudo se torna vazio, silencioso. E o que não foi jamais será.

Não há como reverter a morte, não há como encontrar alguém igual a que se foi. Não há remédio que cure o vazio, o buraco que se abre em nosso peito quando alguém nos deixa. Com o tempo a ferida se anestesia, mas não deixa de existir. E sempre que bobearmos nos pegaremos pensando em alguém que jamais veremos novamente, e pensar no "nunca mais" dói, machuca, corta. E a ferida que estava cicatrizando abre novamente, com toda dor possível.

Perder alguém é triste. Ter a certeza de que você jamais a terá em seu lado é sufocador. Mas é isso e ponto. Acabou, a vida se esvaiu.

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