terça-feira, 23 de novembro de 2010
Hapiness
"Coloca mel na calcinha e voce vai ver, é batata, menina!"
Tenho 22 anos e até hoje nao entendo esse desespero, tipicamente feminino, de ter alguém do seu lado, preenchendo lacunas que podem ser preenchidas com um bom livro, um bom filme, amigos divertidos, baladas ocasionais, trabalho, estudo... Ok, essas lacunas nao podem ser preenchidas com nada disso, mas se por alguns meses da vida elas estiverem vazias nao fara muita diferença, porque no fim das contas voce consegue sobreviver e creio que isso seja o fundamental...ou nao?
"Voce precisa ampliar os horizontes, saia mais, se arrume mais! Funciona, pode acreditar!"
Errr, mel na calcinha estava mais facil... Ampliar os horizontes. Ampliar os horizontes. Ampliar os horizontes?
Até agora nao faz sentido para mim. Efeito entao...nem se fala.
Sair até que nao é ma ideia, exceto quando eu vou trabalhar de ressaca no dia seguinte, sou assaltada por estar na rua de madrugada, conheço pseudos gringos, vou achando que sera a noite mas nem bebada consigo ficar, enfim, talvez sair nao seja a melhor opçao também.
Alguém tem mel ai?
Se arrumar mais: unhas postiças, megahair, lente de contato azul, blush, minissaia... do que voce esta falando? Se perder a essencia for a receita do bolo, estou fora. Sabe como é: odeio mudanças, sobretudo se for em mim.
Outro dia minha irma disse que tinha um cara querendo me conhecer. Senti um calafrio na espinha, a coisa estava ficando critica, afinal, o que a minha irma tem a ver com isso?
Hesitei, mas perguntei:
"Entao...como ele é?"
Maldita hora. Ainda bem que nao havia nada certo. E ela começou a descriçao, no fim das contas eu estava crente que estavamos falando do Corcunda de Notre Dame!
"Ah, ele nao é feio..."
Quando a frase começa assim... FUJA!
"...ele so tem um probleminha na perna, ele manca um pouco...e o cabelo dele é um pouco crespo...de resto acho que esta tudo bem...AH! Ele é um pouco vesgo e tem a lingua presa..."
Sai da sala antes que eu precisasse agendar uma consulta no psicologo.
Resolvi entrar em um bate-papo. Pensei que eu estava em alguma sala erotica por causa dos nicks, mas era so impressao. Respirei fundo e comecei a "tc" o trivial com estranhos. Quanta humilhaçao, Senhor!
Enfim, encontrei um cara bacana na internet...acho que a maré esta a meu favor. Marcamos um encontro, contei para minha avo e ela quase teve uma sincope. Afinal, onde eu estava com a cabeça de marcar encontros com desconhecidos? Nao havia risco, disse para ela, estaria em um ambiente movimentado.
Céus...por que fiz aquilo?
Ainda nao quero falar sobre isso. Fiquei uma semana olhando fixamente para as pas do meu ventilador de teto, sistematicamente, sem piscar.
Estou bem.
sábado, 13 de novembro de 2010
Asco
Meus pés estao gelados e pesados. Vou caminhando lentamente para o banheiro em um estado profundo de letargia. Dentro de mim algo queima, corroi, machuca.
Tranco a porta sistematicamente.
Vejo minha imagem refletida no espelho, eu quero dar um soco nele. Controlo a raiva apertando com força a pia.
Eu quero fugir de mim!
Faço força para chorar, mas tudo o que consigo é gritar... sinto que o sentimento dentro de mim esta me sufocando, preso em minha garganta. Eu quero gritar mais, eu quero chorar, eu quero me estapear!
Arranco com raiva as minhas roupas sujas com vestigios seus. Eu quero rasga-las!
Apago a luz do banheiro, nao aguento mais olhar para mim mesma.
Caminho apressada para o box, desligo o chuveiro na eletricidade, eu quero sentir frio, eu quero que doa na pele, eu quero que se torne fisica a dor que me machuca por dentro.
Abro ao maximo o chuveiro, a agua cai com força em minha cabeça, preciso me limpar, tirar esse cheiro ruim, esse gosto amargo, eu sinto nojo de mim mesma.
Minhas pernas ficam termulas, nao sei se é do frio ou da raiva. Esfrego com toda força meu corpo nu, sobretudo as partes onde voce esteve. Nao quero nenhum vestigio seu em meu corpo. Me sinto violada, suja, podre, amargurada...
Eu quero gritar de dor, eu quero me jogar no chao, eu quero chorar convulsivamente, eu quero matar voce.
Mas eu fico ali, submersa ao estado inicial da letargia, sentada no chao com a cabeça apoiada nos joelhos, olhando fixamente os azulejos do banheiro, deixando a àgua gélida machucar minhas costas.
Vejo a agua esvaindo pelo ralo, adoraria que o meu sentimento estivesse indo junto, que essa raiva pudesse ser retirada de mim com um banho de agua fria no banheiro escuro.
Eu sinto repudio do seu toque, do seu cheiro, do seu gosto. Tenho odio de mim por ter permitido voce encostar essas maos asquerosas em mim, por ter violado meu corpo, minha alma, minha paz.
Eu quero vomitar. Cuspir esse bicho que me entala a guela, escarrar o que restou de nos.
Quero que voce va pro ralo.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
M. Chauvin says...
"Idem...nao é o cara que conheci ha 2 anos atras! e se é esse o cara...me envergonho de ter amado um babaca!"
"Nao sei mentir. E isso é um defeito."
"Se eu fosse homem eu seria gay!"
"Me esbona que eu gamo!
Esperta? Nao o suficiente para escolher um cara decente..."
"Ele deve ser um idiota que eu supervalorizo!"
"A parte do sexo eu me identifiquei bem, kkkkkkkkkkkkk"
"Eu queria ser escritora, pena que escrever nao basta"
"Nao me quer, devo cortar os pulsos? aff, sai pra la com essa psicologia invertida pro meu lado, idiota!"
"Calma! Estou discutindo..."
"Eles sao chatos e mentirosos..."
"Tudo liberado? Inclusive o rabo dos viados!"
"Estou com sede, preciso de uma Coca-cola...porque tudo que consegui na padaria do portugues com R$ 2,50 foi um Tobi quente..."
sábado, 6 de novembro de 2010
House says
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