domingo, 28 de outubro de 2007

I know it's over

E na verdade nunca começou
Mas no meu coração era tudo tão real
E você até me falou para mim, e disse:
"Se você é tão engraçado
Por que está sozinho esta noite?
E se você é tão inteligente
Por que está sozinho esta noite?
Se você é tão divertido
Por que está sozinho esta noite?
Se você é tão atraente
Por que você dorme sozinho esta noite?
Eu sei...Por que esta noite é igual a qualquer outra noite
É por isso que você está sozinho esta noite
Com seus triunfos e seus encantos
Enquanto eles dormem nos braços um do outro"

É tão fácil rir
É tão fácil odiar
É preciso força para ser gentil e generoso
É tão fácil rir
É tão fácil odiar
É preciso ter culhões para ser gentil e generoso

O Amor é Natural e Real
Mas não para você, meu amor
Não esta noite, meu amor
O Amor é Natural e Real
Mas não para pessoas como você e eu, meu amor

domingo, 21 de outubro de 2007

Silêncio

Ontem eu e Jefferson caminhavamos rumo à locadora pra entregar uns DVD's, já era tarde, faltava pouco pra meia-noite...seria uma noite comum...se não fosse aquele cachorro de porte pequeno e felpudo.
O cachorro esteve do nosso lado, mas nossos passos apressados foram nos distanciando dele. Atravessamos a estrada, andamos uns 20 metros e ouvimos uma barulho terrível. Olhamos assustados para trás e vimos o cachorro rolando pela estrada, como um reles saco de lixo. Meu coração se comprimiu e, nessa compressão terrível, lágrimas vieram...
Duas questões martelaram a minha mente nessa madrugada:
1ª - Há um céu e um inferno para os animais?
2ª - Por que Deus nunca me priva dessas cenas terríveis?

Eu e Jefferson, depois do ocorrido, fomos e voltamos num silêncio tenebroso. Creio que havia um nó em nossa garganta, uma dor nauseabunda que nos impedia de falar, um silêncio que de alguma forma velava o animal e respeitava sua morte e, de certo modo, minha tristeza.
Quando me deparo com uma coisa dessas não consigo deixar de pensar na Ágatha e na Bridget...elas fugiram e sabe-se lá onde se meteram...ou sequer...se estão vivas...

Não há como não chorar vendo um animal morrer. Eles possuem a sinceridade que o ser humano jamais será capaz de ter e se são irracionais é porque a razão não mora no mesmo lugar que a emoção, ao menos sem conflitos. A razão que eles não têm é substituída por sentimentalismo e a falta de sentimentos que nos torna deploráveis é devido a grande demanda de razão no nosso interior, temos um cérebro no crânio e outro no peito.

''Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música".
Aldous Huxley

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Sofro e sonho

₢¬.J£FF.¬₢:
seu problema está aí, pessimismo, sempre achando q tudo conspira ao erro...

Belladonna:
eu não sou pessimista

Belladonna diz:
mas me diz logo, porra!

₢¬.J£FF.¬₢ diz:
não, dessa vez vc tera q esperar...o q vc disse hoje foi inesperado, cheguei a algumas conclusões e preciso compartilhar com vc, pra ter certeza do q estou pensando...

Belladonna diz:
cacete!


Belladonna diz:
sabe como vou trabalhar amanhã? roendo as unhas! e sabe como irei dormir hoje? roendo as unhas também! porque você me deixa nesse estado...aflita


Belladonna diz:
estou cansada demais pra brigar

-------------//-------------//-------------//-------------//-------------
"Não me indigno, porque a indignação é para os fortes; não me resigno, porque a resignação é para os nobres; não me calo, porque o silêncio é para os grandes. E eu não sou forte, nem nobre, nem grande. Sofro e sonho. Queixo-me porque sou fraco e, porque sou artista, entretenho-me a tecer musicais as minhas queixas e a arranjar meus sonhos conforme me parece melhor a minha idéia de os achar belos.
Eu não me queixo pelo mundo. Não protesto em nome do universo. Não sou pessimista. Sofro e queixo-me, mas não sei se o que há de geral é o sofrimento nem sei se é humano sofrer. Que me importa saber se isso é certo ou não?
Eu sofro, não sei se merecidamente. (Corça perseguida.)
Eu não sou pessimista, sou triste."

Fernando Pessoa, Livro do Desassossego

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Sessão mãe e filha


E somos bravas e sexys e idiotas também! E quem liga?












Na falta do quê fazer... sempre encontramos um modo de preencher o tempo livre, rir de nós mesmas, falar mal dos outros, fazer vozes estranhas, caretas e etc.

Tem horas que ela é mais infantil que eu, dá até medo! rs

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Bufo x Putas

"Você fez de mim um sátiro (e um glutão), por isso gostaria de permanecer agarrado às suas costas, como Bufo, e, como ele, poderia ter a minha perna carbonizada sem perder esta obesessão. Mas você, agora que está saciada, quer que eu volte a falar de madame X. Muito bem, já chego lá. Mas antes quero lhe contar um sonho que tenho tido ultimamente. (...)"

"No ano dos meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem. Lembrei de Rosa Cabarcas, a dona de uma casa clandestina que costumava avisar aos seus bons clientes quando tinha alguma novidade disponível. Nunca sucumbi a essa nem a nenhuma de suas muitas tentações obcenas, mas ela não acreditava na pureza dos meus princípios. Também a moral é uma questão de tempo, dizia com um sorriso maligno, você vai ver. Era um pouco mais nova que eu, e não sabia dela fazia tantos anos que podia muito bem estar morta. Mas no primeiro toque reconheci a voz no telefone e disparei sem preâmbulos:
- É hoje. (...)"

Assim começa o que eu terminei e assim começa o que eu comecei, livros.
Bufo & Spallanzani (Rubem Fonseca) e Memórias de minhas putas tristes (Gabriel García Márquez). Nada como uma tarde chuvosa, onde a luz nos falte e só nos reste o bom e velho modo de passar o tempo: ler.